6 de dez. de 2007

Mãe diz que filho que invadiu PCs tem autismo

Owen Walker, adolescente que é o centro de uma investigação internacional ligado ao crime cibernético, tem síndrome de Asperger, uma forma branda de autismo caracterizada por isolamento social, grande inteligência e talento em uma determinada área. O jovem é de Whitianga, na Nova Zelândia.

Shell Moxham-Whyte, mãe de Walker, disse no domingo ao jornal New Zeland Herald que seu filho tem o distúrbio e que os policiais responsáveis pela investigação, que acusa o garoto de ser o mentor de uma rede mundial de "bot-net", sabem disso.

A mãe disse também que não tinha idéia de que o filho de 18 anos estivesse envolvido na rede - que o FBI acredita ter infectado mais de um milhão de computadores em todo o mundo. Ela afirmou que a família foi aconselhada a não falar publicamente sobre o caso, e que seu filho está com parentes em outro lugar, provavelmente em Auckland.

Shell e a família estão sob intensa pressão desde que foi revelado que Owen seria, de acordo com o FBI, o mentor da rede internacional de programação de bot-net, conhecido por Akill.

Uma bot-net é uma rede de computadores infectados que é usada para crimes cibernéticos ou é alugada para outros criminosos.

A polícia já teria entrevistado o jovem e deve questioná-lo novamente depois de testes feitos em computadores confiscados em sua casa na quarta-feira. Desde fevereiro o FBI está investigando o caso.

Amigos e empregadores dizem que Owen é um programador brilhante. Maarten Kleintjes, investigador do laboratório nacional de crimes eletrônicos, disse que "o código mostra que ele foi muito, muito inteligente na hora de criá-lo".

O adolescente perdeu seu emprego na Trio Software Development, mas Glenn Campbell, diretor da empresa, disse não acreditar que Owen buscasse problemas ou atividades irregulares. Owen também utilizava os codinomes Snow Whyte e Snow Walker.

Lí na Redação Terra


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